A eternidade e um dia: memórias de uma tela em carne e letra. Palma de Ouro de Melhor Filme de Cannes 1998. ireção:Theo Angelopoulos (Grécia)
Ciane Fernandes, performer, Ph.D. em Artes e Humanidades pela New York University. Professora da Escola de Teatro e do Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas, UFBA. Pesquisadora associada do Laban/Bartenieff Institute of Movement Studies, New York.
RESUMO: O texto é uma resenha de A Eternidade e um Dia, filme premiado do diretor grego Theo Angelopoulos, a partir de autores como Michel Foucault, Mircea Eliade, Sigmund Freud e Jacques Lacan. A análise fílmica segue um recorte transversal e poético-simbólico, como o próprio roteiro da obra. A estrutura não-linear da obra reflete a memória, associações simbólicas (ex.: Casa-Corpo-Identidade, Espelho-Janela, Ônibus-Tempo) e o constante atravessar de fronteiras num “abismo político-geográfico” – entre vida e morte, arte e cotidiano, futuro e passado, infância e velhice, exilado no estrangeiro e prisioneiro em terra natal.
Palavras-chave: memória; fronteira; tempo; transição.
ABSTRACT: The text is a review of Eternity and a Day, awardwinner film by Greek director Theo Angelopoulos, from the perspectives of Michel Foucault, Mircea Eliade, Sigmund Freud and Jacques Lacan. The film analysis follows a transversal and poetic-symbolic cut, just as the film´s script. The non-linear structure of the film reflects memory, symbolic associations (e.g. House-Body-Identity, Mirror-Window, Bus-Time) and constant border-crossing in a “political-geographic abysm” – between life and death, art and daily life, future and past, childhood and old age, exile in foreign land and prisoner in homeland.
Keywords: memory; border; time; transition.